Por que a história do negócio pode impactar o público e o converter em clientes?

A proposta desse artigo é entender a importância de se contar a história do negócio para consumidores e clientes.

Nos estudos que realizei em Escolas de Samba entre tantos elementos que me chamavam a atenção estava o enredo: a história contada pelas Agremiações na avenida.

Empolgavam-me as narrativas que traziam questões sociais históricas, possibilitando que o público se contagiasse, cantasse e refletisse.

Contar história faz parte da vida humana. Nós todas e todos temos memória que nos permite fundamentarmos nossas criações, narrativas que não podem ser perdidas.

Atualmente, convivendo com micros e pequenos empreendedores periféricos tenho observado a importância, a relevância da história que existe na essencialidade de cada negócio.

A história, por exemplo, do povo negro que, enfrentando todas as violências sabidas desde o período de escravidão até os dias de hoje, tem sido contada por negócios criados a partir dos fundamentos sociais, inclusive da formação dos territórios periféricos: Candaces, Meninas Mahin, Agemó, CrespoSim, Malungo Arte, Xeidi Art, Visão do Bem, Negrei e tantas outras empresas merecem contar a história do negócio para consumidores e clientes, provocando encantamento.

As causas, os propósitos estão nos negócios periféricos que impactam vidas, em movimento de transformação e de melhoria das condições de existência, a partir das memórias dos movimentos sociais.

Tal como as Escolas de Samba levam para o desfile todos os contextos históricos sociais em narrativas empolgantes, convertidas em letras do samba, as empresas periféricas também trazem na sua essência elementos históricos que fundamentam a sua existência e que devem emocionar todas as pessoas interessadas nos negócios, convertidos em manifestos, narrativas em audiovisual, decorações, produtos e serviços…

Há que se enfatizar que as empresas periféricas não são criadas por discursos distantes de suas realidades. Os negócios diferenciados dos territórios periféricos são gerados pelas necessidades das pessoas empreendedoras que olham para a história e adotam narrativas reflexivas e emocionantes.

A pergunta “Que empresa é essa?” é a busca em conhecer a história da existência do negócio e que pode ser reproduzida por diversas pessoas interessadas e entusiasmadas, tal como o público contagiado que canta o enredo das Escolas de Samba.

A história da empresa, fundamentada em causas e impactos, desperta o interesse e o desejo dos consumidores. Consumidores e clientes se sentem representados e se tornam defensores e propagadores encantados pelas narrativas dos negócios.

Empreendedores, narrem as suas experiências, os desafios superados, os motivos da existência da sua empresa e dos seus produtos e serviços.

Empreendedores, as pessoas estão interessadas em saber sobre os fatos, os eventos que inspiraram o surgimento da sua empresa. E, se a narrativa for boa, elas irão contar para muito mais pessoas. Podem acreditar.

Saibam: SEM HISTÓRIA NÃO TEM NEGÓCIO.

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