Empreendedorismo periférico refere-se ao fenômeno de criação e desenvolvimento de negócios em áreas periféricas, ou seja, regiões que estão no entorno dos grandes centros urbanos e que por diversos fatores sofrem com a desigualdade espacial e a segregação socioeconômica nas cidades. Por consequência são economicamente desfavorecidas e, muitas vezes, carentes de infraestrutura básica. Esse tipo de empreendedorismo é caracterizado por iniciativas que surgem de moradores dessas áreas, frequentemente como uma resposta às dificuldades econômicas e sociais enfrentadas.
Algumas características e particularidades do empreendedorismo periférico incluem:
- Contexto Socioeconômico: Empreendedores periféricos frequentemente enfrentam desafios como as barreiras ao acesso a educação, acesso as principais políticas públicas, falta de crédito e capital, e infraestrutura local ineficiente. Esses obstáculos impulsionam a inovação e a criatividade na busca de soluções para suas comunidades.
- Motivação: Muitas vezes, o empreendedorismo periférico é motivado pela necessidade. Pessoas começam seus próprios negócios como uma maneira de garantir sustento em face de poucas oportunidades formais de emprego.
- Impacto Social: Esses negócios tendem a ter um forte componente de impacto social, pois visam melhorar as condições de vida na comunidade, seja por meio de geração de emprego, oferta de produtos e serviços acessíveis ou desenvolvimento de iniciativas culturais e educacionais.
- Resiliência e Adaptabilidade: Empreendedores periféricos frequentemente demonstram grande resiliência e adaptabilidade, encontrando maneiras criativas de superar as limitações do seu ambiente.
- Comunidade e Colaboração: Há um forte senso de comunidade e colaboração. Empreendedores periféricos muitas vezes trabalham juntos, formando redes de apoio e cooperação para enfrentar desafios comuns.
- Territorialidade e Ancestralidade: Mesmo com as adversidades que envolvem os espaços das periferias é o poder do Pertencimento ao Território que move muito dos moradores a encontrarem soluções inovadoras e negócios que levem resultados para dentro das próprias comunidades. Aliados aos ensinamentos ancestrais e todo o legado daqueles que vieram antes é que as iniciativas são tomadas e os saberes são passados de geração a geração.
- Uso de Tecnologia e Redes Sociais: A internet e as redes sociais têm desempenhado um papel crucial no empreendedorismo periférico, permitindo a esses empreendedores alcançarem mercados mais amplos e divulgar seus produtos e serviços de maneira eficiente e econômica.
O empreendedorismo periférico tem ganhado atenção e reconhecimento por seu potencial transformador, capaz de promover inclusão social e desenvolvimento econômico em áreas tradicionalmente marginalizadas. Governos, ONGs e outras organizações têm buscado apoiar esses empreendedores por meio de capacitação, acesso a crédito e outras formas de suporte.
Um exemplo notável no Brasil é o surgimento de negócios em favelas e comunidades, onde a criatividade e a resiliência dos moradores resultam em empreendimentos bem-sucedidos que não só geram renda, mas também promovem melhorias significativas nas condições de vida locais.
A Emperifa compõe os diversos agentes que, através dos fundamentos do empreendedorismo, movem as barreiras e enfrentam os desafios para que mais e mais casos de sucesso de Negócios de Periferia surjam dia a dia.
O objetivo é que esses fundamentos/princípios favoreçam a criação de negócios diferenciados ou inovadores, sustentáveis financeiramente e longevos, possibilitando empregabilidade e geração de renda para as pessoas. Queremos destacar a possibilidade da melhoria das condições de vida das pessoas nos territórios periféricos, pelo empreendedorismo.
O grande sonho, hoje, é possibilitar que as pessoas periféricas tenham autonomia financeira a partir do desenvolvimento pessoal e profissional. Para isto, a Emperifa se aplica no empreendedorismo capaz de dialogar com as realidades das pessoas e não pelo empreendedorismo habitualmente empregado nos grandes centros urbanos, ou seja, aplicamos o Empreendedorismo Brasileiro, a partir dos diversos saberes. Das ruas ao acadêmico, do acadêmico às ruas. Com os gingados, as gambiarras e uma linguagem acessível para enaltecer nas pessoas todo seu potencial criativo, possibilitar as experimentações e diminuir os riscos e as dependências dos modelos de empreendedorismo oriundos dos territórios estrangeiros.
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